👇🏻👇🏻👇🏻
Siga nosso Whatsapp AQUI
Vírus Oropouche se Alastra e Número de Casos Preocupa Especialistas
Um estudo internacional revelou que anticorpos contra o vírus oropouche foram encontrados em 6,3% de 9.400 amostras de sangue analisadas em cinco países da América do Sul. A pesquisa, publicada na revista The Lancet Infectious Diseases, indicou que o vírus, que já circula na região desde a década de 1950, está se espalhando rapidamente, com indícios de que pelo menos uma em cada 16 pessoas nesses países já teve contato com o patógeno.
Resultados do Estudo: Expansão Acelerada na Região
As amostras de sangue foram coletadas entre os anos de 2001 e 2022 e representaram cinco países: Bolívia, Colômbia, Costa Rica, Equador e Peru. De acordo com os pesquisadores, a presença de anticorpos contra o oropouche revela que o vírus tem se espalhado de forma mais ampla, especialmente em áreas da floresta amazônica, onde o índice de anticorpos ultrapassou 10%.
Jan Felix Drexler, coautor do estudo e chefe do grupo de epidemiologia viral da Universidade Charité, em Berlim, afirmou que a percentagem real pode ser ainda maior. Segundo ele, ainda não se sabe ao certo por quanto tempo os anticorpos permanecem no organismo, o que dificulta a avaliação precisa da disseminação do vírus.
Sintomas e Riscos do Oropouche
O vírus oropouche compartilha sintomas semelhantes aos da dengue e chikungunya, incluindo:
-
Dores de cabeça
-
Dores musculares e nas articulações
-
Náuseas e diarreia
-
Manchas na pele
Embora casos graves sejam raros, há preocupações com possíveis riscos para fetos durante a gestação. Até o momento, não há vacina nem tratamento específico para a infecção, o que torna o controle da doença mais desafiador.
Aumento de Casos Desde 2023
Apesar de o vírus circular na região há mais de 70 anos, o número de casos confirmados aumentou drasticamente desde o final de 2023, com mais de 20 mil registros anuais. No Brasil, duas mulheres com menos de 30 anos morreram no ano passado com sintomas semelhantes aos de formas graves de dengue. Ambas viviam no Nordeste e não tinham comorbidades, o que aumenta a preocupação com a doença.
Fatores Climáticos e Mosquitos Transmissores
A razão para o aumento repentino de casos de oropouche ainda não está completamente esclarecida. No entanto, especialistas acreditam que fatores climáticos, como o aumento das chuvas e das temperaturas, podem estar favorecendo a proliferação dos mosquitos transmissores do vírus. As fortes precipitações registradas em várias regiões da América do Sul no último ano podem ser um fator determinante para a disseminação do vírus.
Por: Redação www.acsace.com.br Fonte: IG