Fim de Contratos - Agentes de Endemias Protestam em Rio das Ostras

👇🏻👇🏻👇🏻 

Fim de Contratos de Agentes de Endemias em Rio das Ostras: Uma Ameaça à Saúde Pública

acsace, exoneracao, contrato, Agentes de Saúde
Imagem: Divulgação

A recente dispensa de 80 agentes de endemias em Rio das Ostras acende um alerta para a saúde pública da cidade. A falta de renovação dos contratos destes profissionais gera preocupações sobre o aumento de doenças como dengue, zika e chikungunya, levando a população a protestar contra essa decisão.

Impacto na Saúde Pública

Os agentes de endemias desempenham um papel fundamental no combate ao mosquito da dengue e no controle de zoonoses. Com a diminuição da equipe, há um temor real de que o controle de doenças se torne ainda mais desafiador. Um dos agentes enfatizou: "Nosso trabalho cobre diversas frentes essenciais para a saúde pública".

Preocupações da População

A população local expressa grande preocupação com o potencial aumento de casos de dengue e outras doenças. "Com apenas 80 agentes já é difícil; para uma cobertura eficaz, precisaríamos de pelo menos 120 agentes ativos", alertou um profissional. A falta de pessoal pode levar a um aumento nas infestações de mosquitos e outros vetores, comprometendo a saúde coletiva.

Protestos e Mobilizações

Manifestações em Busca de Renovação

Na última quarta-feira (24), os agentes realizaram uma manifestação em frente à sede municipal, demonstrando sua insatisfação com a dispensa. Eles planejam se reunir na Câmara Municipal na próxima terça-feira (29), exigindo a renovação de seus contratos. Um dos agentes afirmou que "a falta de renovação ignora a importância dos serviços prestados".

Comparação com Recursos Vitais

Um agente fez uma comparação incisiva sobre a situação, ressaltando que "descartar profissionais qualificados é como descartar recursos vitais". Ele lembrou que o salário da equipe vem de verba federal, o que elimina custos adicionais para o município.

Contexto Nacional da Dengue

Até 7 de outubro de 2024, o Brasil registrou 6,5 milhões de casos prováveis de dengue, um aumento alarmante de 400% em relação ao mesmo período de 2023. O coeficiente de incidência de 3.221,7 por 100 mil habitantes indica uma epidemia em nível nacional, uma vez que a Organização Mundial da Saúde considera acima de 300 por 100 mil como um alerta. Com 5.536 mortes confirmadas, a situação é crítica e exige uma resposta eficaz.

Em Rio das Ostras, a dispensa de agentes de endemias compromete o combate a doenças em um cenário onde a presença de profissionais capacitados é fundamental para controlar surtos de dengue e outras arboviroses. A preocupação dos agentes sobre o aumento nos casos de dengue reflete um problema maior que persiste em muitos municípios brasileiros, que permanecem com equipes com quantidades de Agentes de Combate às Endemias insuficientes  para responder a epidemias.

Papel Crucial na Prevenção

Os agentes de endemias são essenciais para a implementação de medidas preventivas, como a identificação de focos do mosquito e campanhas de conscientização. Em um momento em que as infecções de dengue começaram a cair após meses de alta, a previsão de um novo pico entre março e abril de 2025 reforça a necessidade de manter e reforçar uma força-tarefa robusta.

Limitações no Combate às Arboviroses

Com a previsão de aumento de casos devido às condições climáticas favoráveis e à circulação de novos subtipos do vírus da dengue, a falta de agentes atuando diariamente próximo a população pode resultar em um aumento significativo de infecções. 


Por: Redação www.acsace.com.br Fonte: O Dia