Agentes de Saúde (ACS e ACE) Denunciam Falta de EPIs Após Retomarem Atividades

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"Abandono Total": Agentes de Saúde de Maceió Denunciam Falta de EPIs Após Retomarem Atividades

Nelson Cordeiro(Presidente do Sindacs-AL), em reunião no Tribunal de Justiça. Foto: Reprodução Redes Sociais/Sindacs-AL

Após uma paralisação que durou quase dois anos, os agentes de saúde e endemias de Maceió foram forçados a retomar suas atividades por uma decisão judicial. Essa determinação veio em meio a um cenário de aumento dos casos de dengue na capital alagoana. No entanto, apesar do retorno ao trabalho, os agentes denunciam que a prefeitura de Maceió, sob a atual administração, não está garantindo as condições mínimas de trabalho exigidas pela Justiça.

Falta de EPIs e Condições Precárias de Trabalho

A principal queixa dos agentes está relacionada à falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Esses equipamentos são essenciais para garantir a segurança dos profissionais de saúde, especialmente em um contexto onde o risco de contágio por doenças transmissíveis é elevado. O Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde de Alagoas (Sindacs-AL), liderado por Nelson Cordeiro, tem sido vocal em denunciar a negligência da prefeitura em fornecer esses itens básicos.

Mesmo com a decisão judicial que condicionou o retorno dos agentes às atividades à garantia de condições mínimas de trabalho, a realidade enfrentada pelos profissionais no dia a dia revela um cenário de abandono. Segundo Cordeiro, "Estamos coletando informações em campo para inserir nos autos do processo, pois as condições de trabalho não estão sendo respeitadas e a lei do piso salarial continua ignorada."

O Piso Salarial: Promessas Não Cumpridas

Outro ponto de insatisfação é a questão do piso salarial. A tabela do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) estabelece que o salário inicial dos agentes de saúde e endemias deveria ser de R$ 2.824,00. No entanto, de acordo com o sindicato, esse valor está sendo pago apenas parcialmente, como uma espécie de abono, o que fere a legislação e os direitos trabalhistas dos servidores.

Nelson Cordeiro destacou a insatisfação da categoria: “Nos sentimos totalmente abandonados pelo município. O prefeito chegou a prometer o pagamento do piso em 2022, mas, na prática, estamos recebendo apenas um complemento para parecer que a lei está sendo cumprida.”

A Luta pela Valorização dos Agentes de Saúde

A retomada das atividades pelos agentes de saúde e endemias não significa que a luta da categoria tenha chegado ao fim. Pelo contrário, a insatisfação persiste, tanto pela falta de EPIs quanto pelo não cumprimento integral do piso salarial. A decisão judicial que determinou o retorno ao trabalho, embora necessária para combater a crise sanitária em Maceió, não impôs multas ou sanções diretas à prefeitura, o que, segundo os agentes, contribuiu para a continuidade das condições inadequadas de trabalho.

  • Por: Redação www.acsace.com.br Fonte: Jornal de Alagoas