Agentes comunitários de saúde e de endemias ameaçam paralisar em Goiânia
Os profissionais de saúde e de combate a endemias em Goiânia estão se preparando para uma manifestação na próxima quarta-feira, dia 13, a fim de exigir melhores condições de trabalho. De acordo com Bruna Isecke, agente de saúde e diretora do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (SindiSaúde), os trabalhadores enfrentam uma série de desafios, como a falta de uniformes, crachás de identificação e dificuldades no recebimento de salários.
Segundo Bruna, as botas usadas pelas equipes estão danificadas, e a prefeitura não fornece Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Além disso, os profissionais não têm acesso a protetores solares, que deveriam ser disponibilizados pelo município, conforme explicou a diretora do SindiSaúde. A principal razão para a manifestação é o não cumprimento pela prefeitura da emenda constitucional que estabelece que o vencimento dos agentes de saúde não pode ser inferior a dois salários mínimos. Embora a prefeitura tenha pago dois salários mínimos em 2022, o salário mínimo foi atualizado duas vezes este ano, e a prefeitura não acompanhou esse aumento.
Bruna enfatizou que a prefeitura precisa revisar o Projeto de Lei complementar que regula o pagamento e a progressão na carreira dos agentes, mas a minuta não foi enviada à Câmara Municipal para votação há meses. Além disso, ela destacou que o plano de carreira dos agentes não está alinhado com a realidade de outras categorias. Enquanto outros funcionários em Goiânia têm progressão de 6,12% na carreira a cada dois anos, os agentes têm uma progressão de apenas 1% a cada três anos. Bruna alertou que, sob essas condições, a categoria está considerando a possibilidade de uma paralisação.