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Fórum Disciplina 20 - Acolhendo as necessidades de saúde
Estratégias de acolhimento e promoção da saúde para evitar novas tragédias
Com base no conteúdo do e-book Cuidado e Promoção da Saúde e diante da grave situação provocada pela epidemia de dengue e o falecimento de Dona Ivete, agentes comunitários de saúde (ACS) e agentes de combate às endemias (ACE) elaboraram estratégias fundamentais para fortalecer o cuidado, o acolhimento e a prevenção em seus territórios. As ações propõem integrar vigilância, atenção primária e escuta qualificada, buscando enfrentar os determinantes sociais da saúde e ampliar a qualidade de vida da população.
✳️ Atuação do Agente Comunitário de Saúde (ACS)
1. Escuta ativa e fortalecimento do vínculo
Como ACS, o acolhimento vai além da presença técnica: é uma presença sensível e ativa. As visitas domiciliares devem ser frequentes, com escuta qualificada e atenção aos sintomas da dengue e de outras doenças endêmicas. É essencial:
- Orientar sobre sinais de alarme da dengue;
- Estimular a busca precoce por atendimento;
- Utilizar o Projeto Terapêutico Singular (PTS) como ferramenta de cuidado individualizado (conforme p. 46-48 do e-book).
2. Fortalecimento da rede e enfrentamento das barreiras sociais
Realizar rodas de conversa na comunidade para identificar e debater barreiras de acesso à saúde, como:
- Falta de transporte;
- Dificuldade de exames;
- Saneamento precário.
Essas demandas devem ser levadas às reuniões da equipe de saúde para encaminhamentos e articulações com a assistência social e serviços públicos, como orienta o capítulo sobre intersetorialidade (p. 56).
“Somos protagonistas na transformação da realidade em nosso território.”
✳️ Atuação do Agente de Combate às Endemias (ACE)
1. Ações educativas e comunitárias
As ações de combate ao mosquito precisam envolver a população. Por isso, o ACE deve organizar:
- Mutirões integrados com escolas e lideranças comunitárias;
- Campanhas sobre eliminação de criadouros;
- Mapeamento participativo de áreas de risco, como terrenos baldios e calhas entupidas (p. 55-57).
Essas ações devem priorizar a linguagem acessível e fortalecer o senso de corresponsabilidade da comunidade.
2. Vigilância ativa com empatia
Não basta aplicar larvicidas. É necessário dialogar com respeito e orientar sobre o uso correto e os riscos. Em situações de vulnerabilidade social, como acúmulo de lixo, o ACE deve:
- Acionar a rede intersetorial (assistência social, coleta de lixo, limpeza urbana);
- Trabalhar com regularidade, como recomenda a Política Nacional de Vigilância em Saúde (PNVS, p. 50);
- Evitar posturas punitivas e construir relações de confiança com a população.
Integração é a chave
A morte de Dona Ivete representa um alerta e um chamado à ação. A integração entre Atenção Primária à Saúde (APS) e Vigilância em Saúde (VS) é o caminho para transformar falhas em aprendizado, dor em mobilização e risco em cuidado coletivo. A atuação conjunta de ACS e ACE é essencial para fortalecer o SUS nos territórios.