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InfoGripe: Casos Graves de Covid-19 Atingem Principalmente Crianças Pequenas e Idosos
Aumento de Casos Graves de Covid-19 em Minas Gerais e Outras Regiões
Nesta quinta-feira (03/10), a Fiocruz divulgou o novo Boletim InfoGripe, que alerta para o crescimento no número de casos graves de Covid-19 em estados como Minas Gerais, Goiás e o Distrito Federal. Apesar disso, há sinais de estabilização ou até queda nas ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19 em Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. Em Goiás, também se observa uma desaceleração da alta.
Incidência de Casos em Crianças e Idosos
O boletim aponta uma maior incidência de casos graves de Covid-19 entre crianças de até 2 anos. De acordo com Tatiana Portella, pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz, "temos observado uma baixa adesão da vacinação contra a Covid-19 nas crianças pequenas. Portanto, é muito importante que os pais levem seus filhos aos postos de saúde para se vacinarem contra a doença".
Além disso, o estudo revelou um aumento nos casos de SRAG entre os idosos em alguns estados do Nordeste, Norte e Sul do Brasil. Portella afirmou que, embora os dados laboratoriais ainda não permitam uma associação clara, "provavelmente a Covid-19 seja o responsável por esse aumento".
Tendência Nacional e Casos por Região
Em uma análise nacional, o InfoGripe indica um sinal de queda na tendência de longo prazo de SRAG nas últimas seis semanas, enquanto a tendência de curto prazo nas últimas três semanas mostra estabilização ou oscilações. Entretanto, sete unidades da Federação apresentam crescimento de SRAG na tendência de longo prazo, incluindo Ceará, Goiás, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Santa Catarina e Tocantins.
Crescimento nas Capitais
Entre as capitais, 11 cidades estão registrando crescimento nos casos de SRAG: Belém (PA), Boa Vista (RR), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Macapá (AP), Maceió (AL), Porto Alegre (RS) e Recife (PE).
Prevalência e Óbitos por Vírus Respiratório
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 14,2% para influenza A, 6,2% para influenza B, 6,4% para vírus sincicial respiratório, 30,5% para rinovírus e 32,3% para Sars-CoV-2 (Covid-19). Em relação aos óbitos, a prevalência foi de 20,4% para influenza A, 4,8% para influenza B, 1,1% para vírus sincicial respiratório, 5,6% para rinovírus e 63,3% para Sars-CoV-2.
Dados do Ano Epidemiológico 2024
Até o momento, o ano epidemiológico de 2024 já notificou 138.185 casos de SRAG, com 66.037 (47,8%) apresentando resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. A análise indica que 18,2% dos casos positivos são de influenza A, 1,0% de influenza B, 38,6% de vírus sincicial respiratório, 24,6% de rinovírus e 18,8% de Sars-CoV-2 (Covid-19).
