Agentes de Combate à Dengue em Greve: Reivindicações e Implicações
Greve por Aumento Salarial e Melhores Condições de Trabalho
Os agentes de combate a endemias, responsáveis por diversas ações no controle de doenças como a dengue na cidade de São Paulo, decidiram aderir à greve em busca de reajuste salarial e melhorias em suas condições laborais.
Reajuste Salarial: Divergências e Demandas
Atuação dos Agentes e Abordagens Contra a Dengue
Além do combate à dengue, os agentes desempenham papel fundamental em outras frentes, como desratização, controle de escorpiões e atendimento a denúncias de maus-tratos a animais. No enfrentamento ao Aedes aegypti, realizam visitas domiciliares para orientação aos moradores e aplicação de inseticidas.
Mobilização e Adesão à Greve
Lucianne Tahan, agente na região da Casa Verde, zona norte da cidade, expressa a frustração dos servidores diante da oferta salarial de 2%, considerando-a desrespeitosa diante do empenho dedicado ao serviço público. Segundo o Sindsep, sindicato dos servidores municipais, 80% dos agentes estão paralisados, evidenciando a adesão significativa à greve.
Demandas Adicionais e Transparência Administrativa
Pagamento do IFA e Transparência Financeira
Além do reajuste salarial, os agentes reivindicam o pagamento do Incentivo Financeiro Adicional (IFA), recurso adicional que não tem sido repassado pela prefeitura. Aloir Viola, agente na região da Capela do Socorro, destaca a falta de transparência quanto ao destino desse recurso, apontando para a necessidade de esclarecimentos por parte da administração municipal.
Diálogo e Negociações
Embora o prefeito Ricardo Nunes tenha afirmado disposição para o diálogo, os servidores negam ter havido qualquer aproximação por parte da gestão municipal. A ausência de reuniões agendadas para novas negociações evidencia a falta de comunicação efetiva entre ambas as partes.
Ampliação da Greve e Solidariedade de Outras Categorias
Adesão de Outras Categorias
A greve dos agentes de combate a endemias não é um caso isolado, mas sim parte de um movimento mais amplo que inclui professores, agentes de saúde e assistentes sociais. Dentre as demandas dessas categorias estão não só o reajuste salarial, mas também questões como o fim da contribuição de 14%.
Mobilização Contínua e Novos Atos
A continuidade da greve e a mobilização das categorias envolvidas demonstram a determinação dos servidores em buscar condições dignas de trabalho e remuneração justa. Novos protestos estão agendados para os próximos dias, reforçando a vontade de dialogar com os representantes políticos para garantir seus direitos e barrar propostas consideradas prejudiciais às suas condições de trabalho e qualidade de vida.
Por: Redação acsace.com.br
Fonte: UOL/SindSEP