Nova Abordagem na Vacinação contra a Covid-19: Mudanças a Partir de 1º de Janeiro
Vacinação Infantil no Calendário Nacional
A partir de hoje, 1º de janeiro de 2024, entra em vigor uma nova estratégia de vacinação contra a Covid-19, focando em crianças de seis meses a menores de cinco anos. Essa inclusão no Calendário Nacional de Vacinação reflete a importância de proteger os mais jovens contra o vírus.
Prioridades e Esquemas de Vacinação
O Ministério da Saúde destaca a priorização de grupos específicos e daqueles que não concluíram o esquema primário. Em 2024, recomenda-se uma dose anual ou semestral para grupos prioritários com cinco anos ou mais, visando reduzir o risco de formas graves da doença.
Ampliando a Cobertura em 2024
Além da vacinação infantil, 2024 contemplará a imunização de pessoas com mais de cinco anos, mesmo fora dos grupos prioritários. Essas pessoas, não vacinadas anteriormente ou que receberam apenas uma dose, terão a oportunidade de iniciar ou completar o esquema primário, composto por duas doses com um intervalo mínimo de quatro semanas entre elas.
Detalhes do Esquema para Crianças
Para crianças, a recomendação é iniciar a vacinação aos seis meses, seguindo para a segunda dose aos sete meses e a terceira dose aos nove meses. No entanto, aquelas não vacinadas ou com doses em atraso podem completar o esquema de três doses, respeitando o intervalo recomendado.
Impacto da Covid-19 nas Crianças
A Covid-19 é uma causa significativa de infecção respiratória grave e mortalidade em crianças menores de cinco anos. Até novembro de 2023, foram registrados 5.310 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19, resultando em 135 óbitos nessa faixa etária. Menores de um ano de idade apresentaram maior incidência e mortalidade. A doença também pode levar à Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), com 2.103 casos e 142 mortes desde o início da pandemia.
Grupos Prioritários e Intervalos de Dose
Nos grupos prioritários, o intervalo entre as doses varia: seis meses para indivíduos com 60 anos ou mais, pessoas imunocomprometidas, gestantes e puérperas. Para outros públicos, o intervalo é anual. A definição desses grupos considerou as recomendações do Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização da Organização Mundial de Saúde (SAGE/OMS), adaptadas à realidade brasileira.
Adaptações Contínuas e Novas Vacinas
Com a aprovação recente da vacina monovalente atualizada para a variante XBB 1.5, o Ministério da Saúde já se prepara para 2024. Mesmo antes da autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a aquisição das versões mais recentes das vacinas contra a Covid-19 está em andamento. Ressalta-se que as vacinas em uso pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) continuam eficazes contra formas graves da doença.
Compromisso com a Imunização
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) garante vacinas seguras, aprovadas pela Anvisa e avaliadas pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) da Fundação Oswaldo Cruz. Além disso, o antiviral nirmatrelvir/ritonavir está disponível para tratamento da infecção, especialmente para pessoas com mais de 65 anos e pacientes imunossuprimidos com mais de 18 anos.
Acesso à Informação e Registro de Vacinas
O governo federal destaca a prioridade da imunização, reforçada pelo Movimento Nacional pela Vacinação, lançado em fevereiro de 2023. A situação vacinal pode ser consultada no aplicativo ConecteSUS Cidadão ou no Cartão de Vacinação em papel. O registro também é realizado pelo profissional de saúde local, exigindo documentos pessoais e/ou Cartão do SUS para conferência na unidade de saúde.
