Imunização Contra a Dengue 2026 - Profissionais da Atenção Primária terão Prioridade

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Ministério da Saúde define estratégia de imunização contra a dengue com nova vacina do Butantan

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Foto: Governo de São Paulo/Divulgação

Com produção 100% nacional, imunizante de dose única será ofertado pelo SUS a partir de 2026; profissionais da Atenção Primária serão os primeiros a receber

O Ministério da Saúde definiu as diretrizes para o uso da nova vacina contra a dengue, o primeiro imunizante de dose única do mundo, totalmente nacional e produzido pelo Instituto Butantan. A estratégia segue recomendações da Câmara Técnica de Assessoramento de Imunização (CTAI).

As primeiras 1,3 milhão de doses já fabricadas serão destinadas aos profissionais da Atenção Primária, que atuam nas Unidades Básicas de Saúde e em visitas domiciliares. O anúncio foi realizado pelo ministro Alexandre Padilha nesta terça-feira (9). A previsão é de que as doses estejam disponíveis até o fim de janeiro de 2026.

Segundo Padilha:

“A atenção primária é a porta de entrada para os casos de dengue, por isso é fundamental proteger o mais rápido possível esses profissionais.”

A vacinação contemplará agentes comunitários de saúde, agentes de combate às endemias, enfermeiros, técnicos de enfermagem e médicos.

Expansão gradual para a população geral

Vacinação começará pelos adultos mais velhos e avançará até a faixa de 15 anos

Conforme a produção aumentar e mais doses forem entregues ao Ministério da Saúde, a vacinação será ampliada ao público geral. A estratégia definida é:

  • Início pela população de 59 anos;
  • Expansão progressiva a faixas etárias mais jovens;
  • Até alcançar o público de 15 anos de idade.

A ampliação dependerá do ritmo de produção, reforçado pela parceria industrial com a chinesa WuXi Vaccines, que firmou acordo de cooperação e transferência de tecnologia com o Butantan.

Estratégia especial em Botucatu

Cidade será campo de avaliação da efetividade da vacina em larga escala

Para avaliar o impacto do imunizante na dinâmica da doença, parte das doses será utilizada em uma estratégia intensificada em Botucatu (SP). O município terá vacinação acelerada para pessoas de 15 a 59 anos, permitindo análise robusta da efetividade da imunização.

Botucatu já possui histórico de vacinação em massa — passou por experiência semelhante durante a pandemia de Covid-19.

Além do município paulista, outras cidades com predominância do sorotipo DENV-3 estão sendo analisadas para integrar o plano piloto. A escolha será guiada pelo perfil epidemiológico, especialmente porque o DENV-3 foi determinante no aumento de casos em 2024.

Eficácia da nova vacina nacional

Resultados apontam alto nível de proteção contra dengue sintomática e formas graves

Com base em estudos apresentados e nas avaliações da Anvisa, a vacina demonstrou:

  • 74,7% de eficácia contra dengue sintomática em pessoas de 12 a 59 anos;
  • 89% de proteção contra formas graves e sinais de alarme.

O registro da vacina foi anunciado pela Anvisa na última segunda-feira (8/12).

Outras vacinas disponíveis no SUS

O SUS continuará oferecendo a vacina de duas doses, desenvolvida por laboratório japonês, para adolescentes de 10 a 14 anos. Desde sua incorporação em 2024, mais de 7,4 milhões de doses foram aplicadas.

Para 2026, o Ministério da Saúde garantiu 9 milhões de doses, com previsão de mais 9 milhões para 2027.

Investimentos, tecnologia e produção nacional

O Ministério da Saúde investe atualmente mais de R$ 10 bilhões por ano no Instituto Butantan — valor que chegará a R$ 15 bilhões com a aquisição da nova vacina.

Além disso:

  • O desenvolvimento contou com R$ 130 milhões do BNDES.
  • O Novo PAC Saúde prevê mais de R$ 1,2 bilhão para ampliar a capacidade produtiva do Butantan.
  • A cooperação entre Brasil e China reforça a transferência de tecnologia e o desenvolvimento conjunto da vacina.

A vacina protege contra os quatro sorotipos da dengue, em dose única, representando um marco científico para o país.

Prevenção continua sendo fundamental

Brasil teve queda de 75% nos casos e 80% das mortes, mas combate ao Aedes segue essencial

Mesmo com a redução expressiva registrada em 2025, o combate ao Aedes aegypti permanece essencial.

A campanha nacional “Não dê chance para dengue, zika e chikungunya”, lançada em novembro, segue ativa em todo o país.

Medidas que todos devem adotar:

  • Uso de telas e repelentes;
  • Remoção de recipientes que acumulem água;
  • Vedação de caixas d’água e reservatórios;
  • Limpeza de calhas, ralos e lajes;
  • Apoio às ações do SUS durante as visitas domiciliares.

Por: www.acsace.com.br Fonte: Ministério da Saúde