Pesquisa avalia impacto da chikungunya em crianças e adolescentes

👇🏻👇🏻👇🏻 

Siga nosso Whatsapp AQUI

Pesquisa avalia impacto da chikungunya em crianças e adolescentes

chikungunya em crianças, chikungunya adolescentes, estudo Fiocruz Bahia, Simões Filho chikungunya, chikungunya sintomas, chikungunya prevenção, chikungunya Brasil, chikungunya dores articulares

Estudo em Simões Filho acompanhou 348 jovens por quatro anos

Uma pesquisa inédita realizada em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, acompanhou 348 crianças e adolescentes durante quatro anos para entender como o vírus da chikungunya afeta esse público. O estudo foi publicado na revista científica PLOS Neglected Tropical Diseases e coordenado pela pesquisadora Viviane Boaventura, da Fiocruz Bahia.

A investigação ocorreu durante um ensaio clínico de fase III da vacina Butantan-Dengue e analisou a taxa de infecções assintomáticas, a resposta imunológica (soroconversão) e os casos de dores crônicas nas articulações após a infecção pelo vírus.

O que é chikungunya e por que preocupa crianças e adolescentes

A chikungunya é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que também é vetor da dengue e da zika. Em adultos, os sintomas incluem febre alta e dores intensas nas articulações, mas em crianças e adolescentes ainda havia lacunas sobre os efeitos da doença.

Para preencher essa falta de dados, os pesquisadores monitoraram jovens de 2 a 17 anos com coletas periódicas de sangue e acompanhamento médico em casos de febre ou sintomas suspeitos. Os exames incluíram RT-PCR, sorologia (Elisa) e ensaio de neutralização viral, capazes de identificar o vírus e a presença de anticorpos protetores.

Principais resultados do estudo

  • No início do estudo, 23 crianças já apresentavam anticorpos contra o vírus.
  • Entre os 311 participantes que completaram o acompanhamento, 17% testaram positivo para chikungunya.
25 casos foram confirmados por RT-PCR.
28 casos foram confirmados por sorologia.
  • 9,4% das infecções foram assintomáticas.
  • 12% dos casos desenvolveram artralgia crônica (dores nas articulações persistentes), que atrapalharam atividades diárias.
  • A taxa de soroconversão foi de 84%, mostrando que a maioria desenvolveu anticorpos após a infecção.

Apesar de surtos locais durante o estudo, apenas 20% dos participantes foram expostos ao vírus, o que levanta questões sobre a vulnerabilidade da população pediátrica e a necessidade de estratégias de prevenção mais eficazes.

Os resultados indicam que, em crianças e adolescentes, a maioria das infecções por chikungunya é sintomática e que a doença pode deixar sequelas crônicas mesmo nesse grupo.

A pesquisa reforça a importância de:

Ampliar a vigilância epidemiológica,
Desenvolver vacinas e estratégias específicas de prevenção,
Proteger a população pediátrica contra os efeitos da doença.

Por: Redação www.acsace.com.br Fonte: Agência Fiocruz