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Ministério da Saúde oferta tecnologia inovadora 100% nacional para detectar câncer do colo do útero no SUS
Teste DNA-HPV substitui o Papanicolau gradualmente
Medida do programa Agora Tem Especialistas, o novo teste molecular de DNA-HPV será implementado de forma gradativa em 12 estados. Por ser mais moderno e eficaz, substituirá o Papanicolau. O Ministério da Saúde inicia, nesta sexta-feira (15/8), a implementação do exame no Sistema Único de Saúde (SUS). Trata-se de um método moderno e inovador que faz parte do novo rastreamento organizado do câncer de colo do útero na rede pública, um avanço para a saúde da mulher.
Tecnologia nacional para diagnóstico precoce
Ofertada inicialmente em 12 estados brasileiros, a tecnologia 100% nacional detecta 14 genótipos do papilomavírus humano (HPV), identificando a presença do vírus antes da ocorrência de lesões ou câncer em estágios iniciais, inclusive em mulheres assintomáticas. Por isso, a iniciativa aumenta as chances de cura pelo tratamento precoce.
A oncologia é uma das áreas prioritárias do programa, que visa reduzir o tempo de espera no SUS por atendimento especializado.
Declaração do ministro da Saúde
“A partir de hoje, estamos implementando essa nova forma de diagnóstico e prevenção do câncer do colo do útero em 12 estados brasileiros. Estamos aproveitando a infraestrutura criada durante a pandemia para os testes de biologia molecular. Essa estrutura agora será utilizada para o diagnóstico do HPV, permitindo reduzir o tempo de espera e iniciar o tratamento o mais rápido possível”, explicou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no Hospital da Mulher de Recife, em Recife (PE).
O HPV é a principal causa do câncer do colo do útero, terceiro tipo mais incidente em mulheres, com 17.010 casos novos estimados por ano no triênio 2023-2025.
Alcance do novo rastreamento
Parte do Plano Nacional para o Enfrentamento do Câncer do Colo do Útero, a implementação do novo teste DNA-HPV possibilitará o rastreamento em cerca de 5,6 milhões de mulheres em cinco anos, nos estados já contemplados: RJ, SP, MG, CE, BA, PA, RO, GO, RS, PR, além do DF.
A meta é que, até dezembro de 2026, o rastreio esteja presente em todo o Brasil, beneficiando 7 milhões de mulheres de 25 a 64 anos por ano.
Substituição do Papanicolau
Produzido pelo Instituto de Biologia Molecular do Paraná, ligado à Fiocruz, o teste substituirá o Papanicolau, que passará a ser realizado apenas para confirmação de casos positivos no DNA-HPV.
Com o novo método, o intervalo entre exames passa de 3 anos para 5 anos, eliminando a necessidade de novas coletas em casos inconclusivos.
Diretrizes brasileiras de rastreamento
As novas diretrizes, lançadas por Padilha, estabelecem o rastreamento organizado, no qual o SUS convida ativamente mulheres de 25 a 64 anos para o exame. As equipes de Saúde da Família e os Agentes comunitários de Saúde identificarão mulheres com rastreamento atrasado, nunca testadas ou não vacinadas.
O trabalho foi coordenado pelo INCA, com participação de 81 especialistas, 5 secretarias do Ministério da Saúde, OPAS e 37 instituições de todas as regiões.
Público-alvo e acesso no SUS
O rastreamento será ofertado a mulheres cis, homens trans, pessoas não binárias, intersexuais e de gênero fluido nascidos com sistema reprodutivo feminino. O acesso se dará por consultas ginecológicas nas UBSs.
O Ministério da Saúde disponibilizará kits e insumos, treinamento de profissionais e suporte diagnóstico pelo Super Centro para Diagnóstico do Câncer, que usa telepatologia para reduzir o tempo de laudos de 25 para 5 dias.
Autocoleta para populações vulneráveis
Será ofertada a possibilidade de autocoleta do material ginecológico, ampliando o acesso a mulheres em situação de rua, privadas de liberdade, migrantes, refugiadas, negras, quilombolas, ciganas, circenses, entregadoras por aplicativo e pessoas LGBTQIAPN+.
A coleta será ensinada por profissionais de saúde e entregue em UBS.
Fortalecimento do tratamento oncológico
Além do novo teste, o ministro anunciou em Recife:
- Ampliação do acesso à radioterapia no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC).
- Incremento de R$ 1,2 milhão ao ano para o PROCAPE.
- Entrega de um novo acelerador linear de R$ 10 milhões ao IMIP, que ampliará em 133% os atendimentos de radioterapia em 12 meses.