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Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil: Avanços no Diagnóstico e Tratamento
Brasil registra cerca de 7.930 casos anuais de câncer em crianças e adolescentes
Neste sábado, 23 de novembro, é lembrado o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil, data criada em 4 de abril de 2008 para promover ações educativas, preventivas e para estimular o debate sobre políticas públicas de atenção integral aos pacientes. O câncer infantil é a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos no Brasil, com uma estimativa de 7.930 casos novos por ano até 2025, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
O Que Diz o Inca sobre a Incidência de Câncer Infantil?
Os dados do Inca indicam que o câncer pediátrico corresponde a aproximadamente 3% do total de casos de câncer no país. A maior parte dos casos ocorre em crianças e adolescentes, com 4.230 casos novos no sexo masculino e cerca de 3.700 no sexo feminino.
As doenças mais comuns entre crianças são as leucemias, tumores do sistema nervoso central, linfomas e sarcomas. Para os adolescentes, as neoplasias hematológicas e carcinomas são os mais frequentes. As estimativas de incidência são um risco de 134,81 casos por milhão de crianças e adolescentes.
Avanços no Tratamento: Aumento na Curabilidade
Segundo a médica Arissa Ikeda Suzuki, do setor de Oncologia Pediátrica do Inca, a incidência do câncer infantil tem aumentado, mas a taxa de cura também tem melhorado significativamente. Com o avanço da tecnologia e novos tratamentos, a sobrevida de crianças diagnosticadas com câncer tem evoluído. No Brasil, a taxa de cura é de aproximadamente 80%, enquanto nos países desenvolvidos pode atingir 85%.
"Ainda que não consigamos curar 100% dos casos, a evolução nas taxas de sobrevida é visível, graças ao maior suporte, diagnóstico exato e tratamentos inovadores, incluindo estudos moleculares que abrem novas possibilidades além da quimioterapia, radioterapia e cirurgia", afirmou a médica.
Diagnóstico Precoce: Importância da Suspeita Clínica
O diagnóstico precoce do câncer em crianças é essencial, embora os sintomas iniciais possam ser inespecíficos. A médica do Inca destaca que é importante que os profissionais de saúde fiquem atentos a sinais como anemia, prostração, hematomas pelo corpo (no caso das leucemias) e o aumento de gânglios linfáticos (no caso dos linfomas). Tumores no sistema nervoso central, como os que causam cefaleia e vômitos, também devem ser investigados rapidamente.
“É essencial que os pais fiquem atentos a qualquer aumento anômalo de gânglios ou queixas de dores persistentes, como a cefaleia. Caso os gânglios aumentem para mais de 3 cm, é importante procurar atendimento médico para avaliação.”
Crescimento do Tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS)
No Sistema Único de Saúde (SUS), o número de procedimentos relacionados ao câncer infantil tem aumentado a cada ano. Em 2023, foram realizados 10.526 cirurgias e administrados 17.025 tratamentos de quimioterapia, evidenciando o crescimento no suporte oferecido aos pacientes. O SUS tem desempenhado um papel fundamental no atendimento das crianças diagnosticadas com câncer, proporcionando tratamento e apoio a famílias de todo o Brasil.
Rede de Apoio às Famílias: Suporte Psicológico e Social
O Inca desenvolve também uma rede de suporte social e psicológico para as famílias durante o tratamento. Cada paciente internado conta com o apoio de assistentes sociais, além de acompanhamento psicológico, essencial para enfrentar o longo processo de tratamento.
"A assistência social tem um papel crucial, pois garante que as famílias tenham suporte durante o tratamento. Esse apoio é essencial para o bom desenvolvimento do tratamento, que é prolongado e exige acompanhamento contínuo da família", afirmou Arissa Ikeda Suzuki.
Em um cenário de crescente incidência de câncer infantil, a atenção precoce e o diagnóstico rápido continuam sendo a chave para aumentar as chances de cura e melhorar a qualidade de vida das crianças e adolescentes afetados pela doença. O Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil visa justamente conscientizar sobre a importância da detecção precoce, incentivar o investimento em pesquisa e fortalecer o acesso ao tratamento especializado, seja no SUS ou na rede privada.
O apoio social, a melhoria da infraestrutura de saúde e a constante capacitação de profissionais têm sido essenciais para garantir que cada vez mais crianças e adolescentes superem o câncer e tenham uma vida saudável no futuro.
Por: Redação www.acsace.com.br Fonte: Agência Brasil