Custos de Ultraprocessados e Álcool ao SUS Chegam a R$ 28 bi

👇🏻👇🏻👇🏻 

Custos de Ultraprocessados e Álcool ao SUS Atingem R$ 28 Bilhões

Ultraprocessados e Álcool, Custos SUS, acsace
Reprodução Freepik

O impacto do consumo de alimentos ultraprocessados e bebidas alcoólicas no Sistema Único de Saúde (SUS) é alarmante, com custos anuais estimados em R$ 28 bilhões, de acordo com um estudo realizado pela Fiocruz, em parceria com as ONGs ACT Promoção da Saúde e Vital Strategies. Esses custos incluem não apenas gastos diretos com tratamentos de saúde, mas também os custos indiretos relacionados às mortes prematuras causadas por essas substâncias.

O Custo do Consumo de Ultraprocessados e Álcool no SUS

De acordo com as estimativas, os alimentos ultraprocessados resultam em um gasto de R$ 933,5 milhões anuais em tratamentos diretos de saúde no SUS. Quando incluem os custos indiretos e as mortes prematuras, esse número sobe para impressionantes R$ 10,4 bilhões. Já o consumo de bebidas alcoólicas gera um custo total de R$ 18,8 bilhões.

Mortes Relacionadas ao Consumo de Ultraprocessados e Álcool

As pesquisas indicam que cerca de 160 mil mortes anuais estão diretamente relacionadas ao consumo de alimentos ultraprocessados e bebidas alcoólicas. 57 mil mortes são atribuídas a doenças causadas pelo consumo excessivo de ultraprocessados, enquanto 105 mil mortes resultam do uso abusivo de álcool. Esses números destacam a urgência de uma ação eficaz para reduzir esses impactos na saúde pública.

Propostas para Reduzir os Custos no SUS: Impostos Seletivos

Os pesquisadores defendem a implementação de impostos seletivos sobre alimentos ultraprocessados e bebidas alcoólicas como uma estratégia para diminuir esses custos e promover escolhas mais saudáveis. Esses impostos, além de aumentar o preço de produtos prejudiciais à saúde, poderiam gerar recursos para financiar o tratamento das doenças causadas por esses produtos.

O Potencial dos Impostos para Reduzir o Consumo

De acordo com Marília Albiero, coordenadora de Inovação e Estratégia da ACT, esses impostos têm o potencial de reduzir o consumo de substâncias nocivas e estimular escolhas mais saudáveis ao longo do tempo. Além disso, podem ajudar a financiar o tratamento de doenças relacionadas ao consumo desses produtos, gerando uma redução nos custos do SUS e na perda de produtividade devido a doenças que reduzem a expectativa de vida.

Apoio Popular para a Taxação de Produtos Nocivos

Uma pesquisa realizada no Brasil revela que 62% da população apoia o aumento de impostos sobre alimentos ultraprocessados e bebidas alcoólicas. 61% das pessoas entrevistadas concordam que o governo deve aumentar a taxação desses produtos para reduzir o consumo e combater os danos à saúde pública. A maioria (77%) também acredita que o governo tem responsabilidade em combater os danos causados pelo álcool à saúde pública.

O Impacto de Aumentar a Taxação sobre o Álcool

O aumento da taxação sobre o álcool pode reduzir significativamente os riscos associados à violência doméstica, acidentes de trânsito e doenças crônicas, como hipertensão, diabetes e obesidade, que resultam de seu consumo excessivo.

Reestruturação do Sistema Tributário: Ganha-Ganha para Saúde e Economia

As ONGs que participaram do estudo defendem uma reforma tributária que inclua a taxação de produtos prejudiciais à saúde como forma de promover a saúde pública, gerar receitas para o SUS e fomentar a justiça tributária. Segundo Pedro de Paula, diretor da Vital Strategies, essa estratégia cria um modelo de ganha-ganha, no qual os setores que mais causam danos à saúde da população também são os responsáveis por arcar com os custos que geram.

Promovendo Saúde, Equidade e Sustentabilidade

A reforma tributária proposta pelas ONGs poderia ajudar a reduzir os custos com doenças crônicas e mortes prematuras enquanto estimula o consumo de alimentos mais saudáveis, incentivando a agricultura familiar e a distribuição de alimentos in natura. Esse modelo não só promoveria saúde e equidade, mas também contribuiria para a sustentabilidade do sistema de saúde brasileiro.


Por: Redação www.acsace.com.br Fonte: Agência Brasil