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InfoGripe Alerta sobre o Aumento de Casos de Rinovírus nas Regiões Norte e Nordeste
Boletim InfoGripe da Fiocruz aponta crescimento do rinovírus em crianças e adolescentes
O mais recente Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (21/11), traz um alerta sobre o aumento dos casos de rinovírus, especialmente entre crianças e adolescentes nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. O estudo, referente à Semana Epidemiológica 46 (período de 10 a 16 de novembro), destaca que o rinovírus é o principal responsável pela Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nesses grupos etários, enquanto a Covid-19 segue predominando entre os idosos.
A pesquisa se baseia em dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) e oferece uma visão detalhada da evolução das infecções virais em diferentes faixas etárias e estados.
Tendência de Queda em Hospitalizações Apesar de Alerta
Apesar do aumento nos casos de SRAG em algumas regiões, a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e do InfoGripe, esclarece que as hospitalizações relacionadas ao rinovírus e à Covid-19 estão em tendência de queda ou estabilidade na maior parte do país.
“Nessa última atualização do Boletim InfoGripe, a gente observa uma redução dos novos casos de SRAG no agregado nacional e também de redução ou estabilidade dos casos de SRAG na maioria dos estados no país”, afirmou Tatiana Portella.
Estados em Alerta por Aumento de SRAG
Na análise do boletim, seis estados apresentam sinais de crescimento de SRAG a longo prazo, destacando-se:
- Amapá (AP)
- Ceará (CE)
- Goiás (GO)
- Maranhão (MA)
- Rio de Janeiro (RJ)
- Roraima (RR)
Rio de Janeiro e Goiás são exemplos de estados onde o aumento dos casos de SRAG ocorre em diversas faixas etárias, com rinovírus afetando principalmente crianças e adolescentes no Rio, e a Covid-19 atingindo os idosos. No entanto, esses estados também apresentam sinais de desaceleração nos casos, com exceção dos idosos de 50 a 64 anos, que ainda mostram um crescimento de casos no Rio.
No Amapá, Roraima e Maranhão, o aumento dos casos de SRAG afeta principalmente crianças e, no caso do Maranhão, também adolescentes, com o rinovírus como principal causador. Apesar disso, os casos mostram sinais de desaceleração.
Crescimento de Casos de SRAG nas Capitais
Entre as capitais brasileiras, sete indicam crescimento de SRAG, sendo elas:
- Boa Vista (RR)
- Fortaleza (CE)
- Macapá (AP)
- São Paulo (SP)
- Rio de Janeiro (RJ)
- Teresina (PI)
- Vitória (ES)
Essas cidades estão monitorando atentamente o aumento dos casos, principalmente entre as crianças e adolescentes, com destaque para a prevalência do rinovírus.
Prevalência de Vírus Respiratórios
Nos últimos boletins epidemiológicos, a prevalência de vírus respiratórios foi destacada:
- Rinovírus: 40,1% dos casos
- Sars-CoV-2 (Covid-19): 23,7% dos casos
- Influenza A: 9,9%
- Influenza B: 10,6%
- Vírus Sincicial Respiratório (VSR): 4,9%
Óbitos Relacionados a SRAG
Até o momento, o número de óbitos por SRAG em 2024 já chega a 9.726, com 51,2% das mortes ligadas a algum vírus respiratório. Entre esses óbitos, 52% foram causados pela Covid-19, 28% pela influenza A, e 10,2% pelo rinovírus.
“Em relação aos óbitos de SRAG, o rinovírus aparece com 8,7%, refletindo sua prevalência entre crianças e adolescentes em determinadas regiões,” apontou o estudo.
Atualização do Ano Epidemiológico 2024
Até agora, em 2024, foram registrados 158.788 casos de SRAG, com 74.205 (46,7%) com diagnóstico positivo para algum vírus respiratório, e 67.820 (42,7%) com resultados negativos. Dentre os casos positivos, 26,2% são de rinovírus, enquanto 19% são de Covid-19. A prevalência do rinovírus nas últimas semanas é de 39,4%, destacando sua crescente disseminação entre a população jovem.
O boletim InfoGripe de novembro revela uma crescente preocupação com a disseminação do rinovírus entre crianças e adolescentes nas regiões Norte e Nordeste, enquanto a Covid-19 continua a afetar principalmente os idosos. Embora o aumento de casos de SRAG seja notável em algumas regiões, a boa notícia é que as hospitalizações estão em tendência de queda ou estabilidade em várias partes do país.
As autoridades de saúde recomendam que a população continue vigilante, especialmente em estados com aumento de casos, e mantenha os cuidados necessários para reduzir a transmissão de vírus respiratórios.
Por: Redação www.acsace.com.br Fonte: Agência Fiocruz