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Prevenção de Dengue: Estudo do Unicef Revela Desafios
A Importância da Prevenção de Dengue, Zika e Chikungunya
Com a chegada das chuvas em diversas cidades do Brasil, o alerta para o aumento de casos de dengue, zika e chikungunya se torna mais urgente. Um novo estudo do Unicef, realizado com o apoio da biofarmacêutica Takeda, destaca que a simples mensagem de “evitar água parada” não é suficiente para promover mudanças efetivas nas práticas de prevenção.
Fatores que Dificultam a Adoção de Práticas Preventivas
Luciana Phebo, chefe de saúde do Unicef no Brasil, afirma: “O senso comum diz que quando alguém tem uma informação sobre o que é bom para si próprio e sua família, adota um comportamento ou hábito.” No entanto, a realidade é mais complexa. O estudo examina como indivíduos e comunidades se relacionam com as arboviroses, organizando os fatores em três níveis: psicológico, sociológico e estrutural.
Fatores Psicológicos
O estudo identificou diversos aspectos psicológicos que impactam a prevenção:
Histórico de Infecção e Percepção de Risco: Indivíduos que nunca contraíram a doença tendem a subestimar sua gravidade. A percepção de risco geralmente aumenta em situações de epidemia, mas pode diminuir quando não há surtos.
Esforço: Muitas práticas preventivas, como a limpeza de calhas e caixas d’água, são percebidas como difíceis, demoradas e complexas, levando as pessoas a não se dedicarem a elas.
Custos Financeiros: Em áreas mais vulneráveis, o investimento em limpeza e compra de repelentes pode ser inviável, limitando a adoção de medidas preventivas.
Fatores Sociológicos
Os fatores sociológicos também influenciam a prevenção:
Organização Coletiva: A participação em organizações de bairro está associada a uma maior adoção de práticas preventivas. Contudo, muitas pessoas não se conhecem ou não se veem como parte de uma comunidade unida.
Influência Comunitária: Existe uma pressão social que faz com que as pessoas se sintam moralmente obrigadas a seguir práticas de prevenção.
Fatores Estruturais
Os fatores estruturais incluem:
Estrutura Urbana: A falta de coleta de lixo e a presença de terrenos baldios favorecem o descarte inadequado de resíduos, aumentando o risco de proliferação do mosquito.
Ação dos Agentes de Endemia: A atuação dos agentes de saúde é fundamental para a diminuição das arboviroses. Em algumas áreas, a falta de agentes ou problemas na relação com a comunidade dificultam essa atuação.
Confiança no Poder Público: A baixa confiança nas instituições de governo pode ser um obstáculo significativo para a adoção de orientações de saúde.
Recomendações para Melhorar a Prevenção
O estudo do Unicef apresenta várias recomendações para enfrentar os desafios identificados:
Associar o Controle Vetorial a Comportamentos Desejáveis: Algumas práticas de controle, como manter a casa limpa, podem ser incentivadas através de suas motivações ligadas à estética e organização.
Aumentar a Percepção de Risco: É crucial trabalhar a percepção de risco entre os pais, especialmente em relação às crianças, para aumentar a conscientização sobre a importância das práticas preventivas.
Reduzir Custos e Esforços: Políticas públicas que diminuam os custos e esforços necessários para a adoção de comportamentos preventivos podem resultar em uma redução significativa das arboviroses.
Investir em Infraestrutura: Melhorias na infraestrutura e na limpeza urbana podem fortalecer a adesão da população às medidas de prevenção.
O Papel da Comunidade e o Engajamento Coletivo
Luciana Phebo enfatiza a importância de envolver a comunidade: “Esperamos que os achados desse estudo possam contribuir com as políticas públicas e ações de comunicação nacionais.” A promoção de discussões sobre prevenção em comunidades pode gerar ações mais efetivas contra o mosquito.
Caminhos para uma Vida Livre de Arboviroses
O estudo “Combate à dengue, zika e chikungunya” utiliza o Modelo de Determinantes Comportamentais do Unicef, que reconhece que o comportamento é influenciado por fatores psicológicos, sociais e ambientais. A pesquisa foi realizada em Montes Claros (MG) e Sinop (MT), além de entrevistas com gestores de saúde em outras cidades.
Eduardo Almeida, Diretor Executivo de Acesso Estratégico e Public Affairs da Takeda Brasil, destaca: “A adesão às medidas integradas na prevenção à dengue é urgente.” Essa pesquisa é um passo fundamental para impulsionar estratégias focadas no combate às arboviroses.
Confira o Estudo na Íntegra Clicando na Imagem Abaixo:
Por: Redação www.acsace.com.br Fonte: Unicef