Webinário da Fiocruz- Vigilância Epidemiológica Digital no SUS

Vigilância Epidemiológica Digital do SUS e Transformação Digital na Saúde Pública

Imagem: Reprodução Freepik

Os recursos da tecnologia utilizados em favor da vigilância epidemiológica, na melhoria do cuidado à saúde de toda a população, serão debatidos no primeiro webinário da série Transformação Digital na Saúde Pública, uma iniciativa do Centro de Estudos Estratégicos Antonio Ivo de Carvalho (CEE/Fiocruz). O evento, intitulado A Vigilância Epidemiológica Digital do SUS, ocorrerá no dia 23 de julho, às 10h, com transmissão pelo canal da VideoSaúde Distribuidora da Fiocruz. O público terá a oportunidade de participar ativamente, enviando comentários e perguntas pelo chat.

Tecnologia e Vigilância Epidemiológica

A proposta deste primeiro webinário é discutir como as novas tecnologias digitais, especialmente o uso da inteligência artificial e de grandes bases de dados, podem ser aproveitadas no monitoramento de doenças e na preparação para novas pandemias, gerando alertas de possíveis surtos. A geração de alertas e o apoio na preparação dos serviços de saúde para o enfrentamento de novas doenças são pontos fundamentais para aprimorar a resiliência do Sistema Único de Saúde (SUS).

Projeto AESOP e Infodengue: Inovações em Vigilância

No evento, o pesquisador da Fiocruz Bahia, Pablo Ramos, doutor em Modelagem Computacional, apresentará o Projeto AESOP, um sistema de alerta para surtos com potencial pandêmico. Além dele, a pesquisadora Claudia Codeço, do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz), trará informações sobre o Infodengue, um sistema de alerta para arboviroses. Também participará Patricia Bartholomay Oliveira, do Centro Nacional de Inteligência Epidemiológica do Ministério da Saúde. A coordenação e mediação do evento ficarão a cargo do professor e pesquisador em Saúde Pública de Precisão Manoel Barral, da Fiocruz Bahia e CEE/Fiocruz, com a abertura conduzida pelo secretário-executivo do CEE, Marco Nascimento.

Equidade na Transformação Digital da Saúde

O uso dos recursos digitais na saúde deve ser feito de forma a garantir o acesso universal e a sustentabilidade do SUS. Como alerta Manoel Barral, é essencial preparar-se adequadamente para lidar com o impacto da digitalização, assegurando que nenhuma população fique desassistida. "A digitalização oferece muitas oportunidades para a melhoria da saúde pública e do cuidado das pessoas. É necessário fazer a transformação digital com equidade", enfatiza Barral.

A Série Transformação Digital na Saúde Pública

As profundas mudanças na saúde, promovidas pelas novas tecnologias digitais, estão em curso. Estas tecnologias estão alterando os padrões de atenção à saúde, os aspectos produtivos, tecnológicos e de geração de conhecimento no contexto da Quarta Revolução Industrial. Com isso, o Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz iniciou a série Transformação Digital na Saúde Pública para debater a incorporação dessas inovações, visando garantir o acesso universal à saúde e a sustentabilidade do SUS.

Inteligência Artificial e Medicina de Precisão

Entre os temas a serem discutidos estão o desenvolvimento de modelos de inteligência artificial voltados a criar novos medicamentos para doenças negligenciadas e o uso da medicina de precisão no desenho de estratégias para prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças específicas. Estas abordagens permitirão atender melhor às necessidades de grupos bem definidos da população.

Plataformas e Aplicativos para Acesso Universal

Outra inovação é o desenvolvimento de plataformas e aplicativos que garantam o acesso de todos a serviços de qualidade, desde a atenção primária até a alta complexidade, mesmo em áreas remotas. Garantir a segurança e a privacidade das informações de saúde dos usuários é um ponto crucial, dado que o SUS possui um vasto e valioso banco de dados.

Autonomia e Desenvolvimento Nacional

A série também abordará o subsistema de informação e conectividade do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, focando na troca de informações entre a política de saúde e a política industrial, para fortalecer a autonomia e o desenvolvimento nacional. Como destacam os pesquisadores Manoel Barral Netto e Carlos Gadelha, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde do Ministério da Saúde, essas mudanças trazem grandes desafios para a inserção dos países na nova configuração global do conhecimento e para a equidade e acesso aos bens públicos como a saúde.

Por: Redação acsace.com.br Fonte: Agência Fiocruz