Febre Oropouche: Minas passa de 4 Casos para 72 em uma Semana

Casos de Febre Oropouche Disparam em Minas Gerais: De 4 para 72 em Menos de Uma Semana

Culicoides paraensis, chamado popularmente de maruim, meruim, mosquito pólvora ou mosquito do mangue. O Culicoides busca lugares úmidos, com muita matéria orgânica em decomposição, como folhas, galhos, cascas, frutas e verduras. As recomendações para evitar a picada são uso de roupas que cubram o corpo e de repelentes

A febre oropouche, uma doença que circula no Brasil desde a década de 1960, registrou um aumento alarmante em Minas Gerais. Até a semana passada, apenas quatro casos tinham sido identificados. Nesta terça-feira (4), o secretário de estado de saúde, Fábio Baccheretti, confirmou que o número de diagnósticos positivos saltou para 72.

Aumento de Casos de Febre Oropouche em Minas Gerais

Em coletiva de imprensa, Baccheretti explicou o panorama da febre oropouche (FO) no estado. Segundo ele, os casos foram identificados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MG), da Fundação Ezequiel Dias (FUNED). As amostras analisadas em maio foram coletadas entre março e abril de 2024, e apresentaram resultados negativos para dengue, zika e chikungunya, mas positivos para a febre oropouche.

Histórico da Doença no Brasil

De acordo com Baccheretti, a febre oropouche circula no Brasil desde os anos 1960, mas somente agora foi identificada em Minas Gerais devido ao aumento da vigilância epidemiológica. "A boa notícia é que, aparentemente, essa é uma doença menos letal. Os sintomas são muito parecidos com os da dengue e chikungunya. Não houve nenhuma morte nem internação por casos graves no Brasil até o momento", afirmou.

Casos em Estados Vizinhos

Casos positivos também foram identificados em estados vizinhos, como Bahia e Espírito Santo. Com a proximidade desses casos, Minas Gerais incorporou o vírus da febre oropouche nos exames de painel viral. "Já temos 72 casos confirmados, e com a nova rotina de testagem, teremos novos diagnósticos", destacou o secretário.

Estratégia de Vigilância Ativa

Como parte da estratégia de vigilância ativa, o vírus da febre oropouche foi pesquisado em amostras de 14 das 28 Unidades Regionais de Saúde (URS) do estado, incluindo Barbacena, Belo Horizonte, Coronel Fabriciano, Divinópolis, Governador Valadares, Januária, Manhuaçu, Montes Claros, Passos, Patos de Minas, Pouso Alegre, Teófilo Otoni, Uberaba e Uberlândia.

Circulação da Doença e Prevenção

Baccheretti sugeriu que a febre oropouche provavelmente está circulando no estado desde o ano passado, coincidente com um grande número de casos de chikungunya, especialmente na região Norte. "Talvez parte desses casos fossem de febre oropouche, mas na época não era realizado o teste para essa doença", explicou.

Regiões Mais Afetadas

A maioria dos casos positivos está concentrada nas regiões Leste e Vale do Aço, onde a vigilância foi intensificada. "Mantemos a recomendação de prevenção, pois é importante que cada um adote os cuidados necessários dentro de casa", pontuou o secretário.

Detalhamento dos Casos por URS

Segundo o painel viral da Funed, os casos foram distribuídos entre diversas Unidades Regionais de Saúde:

  • URS Barbacena: 1 caso em Congonhas
  • URS Governador Valadares: 1 caso em Gonzaga
  • URS Coronel Fabriciano: 2 casos em Ipatinga, 26 casos em Coronel Fabriciano, 30 casos em Joanésia, 1 caso em Mariléia, 11 casos em Timóteo
  • URS Belo Horizonte: 3 casos importados de Santa Catarina

Este aumento significativo de casos em tão pouco tempo alerta para a necessidade de intensificação das medidas de prevenção e controle da febre oropouche em Minas Gerais.

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Por: Redação acsace.com.br

Fonte: CNN Brasil

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