ACS e ACE no Orçamento da União para 2024 aprovado pelo Congresso

Orçamento da União para 2024 Aprovado pelo Congresso texto segue para sanção

Orçamento da União para 2024 Aprovado pelo Congresso
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Em sua última sessão do ano, o Congresso Nacional deu luz verde ao Orçamento da União para 2024 (PLN 29/2023) em uma votação realizada nesta sexta-feira (22). O orçamento, que delineia receitas e despesas totalizando R$ 5,5 trilhões, trouxe à tona debates intensos, especialmente em relação ao salário mínimo, além de consideráveis ajustes no Fundo Eleitoral e no Novo PAC.

ACS e ACE aparecem na lei do Orçamento 2024

Na página 38 e 39 da Lei do orçamento Agentes comunitários de Saúde são citados da seguinte forma: "Na proposta orçamentária para 2024, o Ministério da Saúde estabeleceu algumas áreas de atuação prioritárias, dentre as quais se destacam: Atenção Primária; Assistência Hospitalar e Ambulatorial; Suporte Profilático e Terapêutico; e Vigilância Sanitária, Epidemiológica e Ambiental. A Atenção Básica em saúde refere-se ao cuidado integral dos indivíduos em suas localidades, o que deve impactar positivamente na melhoria das condições de saúde de toda a população. Nesse sentido, a Estratégia de Saúde da Família é a principal forma de atuação do Ministério da Saúde na área. Em 2024, as ações da Atenção Primária contemplarão a manutenção e expansão de equipes multiprofissionais por todo o território nacional com capacidade de prevenção e resolução de problemas e do encaminhamento adequado aos serviços especializados de saúde. O Governo Federal alocará cerca de R$ 35,9 bilhões no custeio da Atenção Primária, com repasses de recursos para Estados, Distrito Federal e Municípios por meio do Piso de Atenção Primária à Saúde, incluindo as transferências para pagamento dos Agentes Comunitários de Saúde."

Já os ACE são citados da segunte forma: As ações de Vigilância em Saúde, realizadas pelo SUS com finalidade reduzir os riscos à saúde da população e combater as causas dos efeitos negativos gerados, receberão recursos da ordem de R$ 13,4 bilhões em 2024. Destes, aproximadamente R$ 8,1 bilhões serão destinados para aquisição e distribuição de imunobiológicos e insumos para a prevenção e controle de doenças. Cerca de R$ 4,6 bilhões serão repassados como Incentivo Financeiro aos Estados, Distrito Federal e Municípios para a Vigilância em Saúde, incluindo as transferências aos entes federativos para pagamento dos Agentes de Combate às Endemias.

Também aparecem nos seguinte Anexos: ****Clique nas Imagens caso queira dar ZOOM

Anexo VII Ações Orçamentárias que Contribuem para as Metas e Prioridades de 2024:



Valores que se referem a Despesas que podem ser consideradas para aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde por Órgão e Unidade Orçamentária

Agentes comunitários de Saúde:






Agentes de combate às Endemias:





Outros Destaques do Orçamento 2024

Antes de chegar ao plenário, a proposta passou pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) na quinta-feira (21). A aprovação veio após adiamentos e negociações, destacando-se o corte de recursos do Novo PAC como ponto sensível nas discussões.

O relator, deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), anunciou uma redução nos recursos do PAC para R$ 6,3 bilhões, contrastando com os R$ 17 bilhões previamente mencionados. O montante destinado ao PAC em 2024 agora é de R$ 54 bilhões, frente aos R$ 61 bilhões propostos originalmente pelo governo.

Reajuste do Salário Mínimo e Impactos

A recomposição do orçamento também reflete na atualização do percentual do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), usado para corrigir o salário mínimo. O novo valor estabelece o salário mínimo em R$ 1.412 em 2024, R$ 92 a mais que o vigente em 2023.

Contudo, essa mudança gera repercussões, pois diversas despesas governamentais, como aposentadorias e benefícios sociais, são vinculadas ao salário mínimo. A variação menor no INPC, 3,85% em comparação aos 4,48% previstos, resulta nesse reajuste mais modesto.

Emendas Parlamentares e Críticas à Distribuição de Recursos

O orçamento recebeu 7.900 emendas parlamentares individuais e de bancadas, totalizando R$ 53 bilhões. Críticas surgiram quanto à distribuição desigual desses recursos entre comissões, destacando-se a Comissão de Educação, que recebeu significativamente menos do que outras, como Desenvolvimento Regional.

O relator, Luiz Carlos Motta, limitou o cancelamento de emendas, direcionando recursos para suplementação de dotações correspondentes, buscando manter a identificação das emendas e de seus autores.

Meta Fiscal e Investimentos

O orçamento 2024 busca cumprir a meta fiscal de déficit zero, com superávit previsto de R$ 3,5 bilhões. Esse valor está dentro do intervalo de tolerância de R$ 28,8 bilhões para mais ou para menos, conforme a nova regra fiscal.

O relator também destinou mais recursos para investimentos federais, elevando o valor de R$ 58,9 bilhões para R$ 73,2 bilhões. Destaca-se o acréscimo de cerca de R$ 800 milhões para a área de segurança pública.

Fundo Eleitoral e Críticas à Proposta

O Fundo Eleitoral, tema controverso, recebeu aprovação de R$ 4,9 bilhões para as eleições municipais de 2024. O montante, oriundo de reservas para emendas de bancadas estaduais, representa uma mudança significativa em relação à proposta inicial do governo.

Apesar da aprovação, houve vozes críticas, como a deputada Adriana Ventura (Novo-SP), que classificou o relatório como reflexo de uma "clara compra de apoio no Congresso". As discrepâncias na distribuição de recursos também foram alvo de contestação.

Por: Redação acsace.com.br Fonte: Agência Senado

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