Orçamento da União para 2024 Aprovado pelo Congresso texto segue para sanção
Em sua última sessão do ano, o Congresso Nacional deu luz verde ao Orçamento da União para 2024 (PLN 29/2023) em uma votação realizada nesta sexta-feira (22). O orçamento, que delineia receitas e despesas totalizando R$ 5,5 trilhões, trouxe à tona debates intensos, especialmente em relação ao salário mínimo, além de consideráveis ajustes no Fundo Eleitoral e no Novo PAC.
ACS e ACE aparecem na lei do Orçamento 2024
Outros Destaques do Orçamento 2024
Antes de chegar ao plenário, a proposta passou pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) na quinta-feira (21). A aprovação veio após adiamentos e negociações, destacando-se o corte de recursos do Novo PAC como ponto sensível nas discussões.
O relator, deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), anunciou uma redução nos recursos do PAC para R$ 6,3 bilhões, contrastando com os R$ 17 bilhões previamente mencionados. O montante destinado ao PAC em 2024 agora é de R$ 54 bilhões, frente aos R$ 61 bilhões propostos originalmente pelo governo.
Reajuste do Salário Mínimo e Impactos
A recomposição do orçamento também reflete na atualização do percentual do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), usado para corrigir o salário mínimo. O novo valor estabelece o salário mínimo em R$ 1.412 em 2024, R$ 92 a mais que o vigente em 2023.
Contudo, essa mudança gera repercussões, pois diversas despesas governamentais, como aposentadorias e benefícios sociais, são vinculadas ao salário mínimo. A variação menor no INPC, 3,85% em comparação aos 4,48% previstos, resulta nesse reajuste mais modesto.
Emendas Parlamentares e Críticas à Distribuição de Recursos
O orçamento recebeu 7.900 emendas parlamentares individuais e de bancadas, totalizando R$ 53 bilhões. Críticas surgiram quanto à distribuição desigual desses recursos entre comissões, destacando-se a Comissão de Educação, que recebeu significativamente menos do que outras, como Desenvolvimento Regional.
O relator, Luiz Carlos Motta, limitou o cancelamento de emendas, direcionando recursos para suplementação de dotações correspondentes, buscando manter a identificação das emendas e de seus autores.
Meta Fiscal e Investimentos
O orçamento 2024 busca cumprir a meta fiscal de déficit zero, com superávit previsto de R$ 3,5 bilhões. Esse valor está dentro do intervalo de tolerância de R$ 28,8 bilhões para mais ou para menos, conforme a nova regra fiscal.
O relator também destinou mais recursos para investimentos federais, elevando o valor de R$ 58,9 bilhões para R$ 73,2 bilhões. Destaca-se o acréscimo de cerca de R$ 800 milhões para a área de segurança pública.
Fundo Eleitoral e Críticas à Proposta
O Fundo Eleitoral, tema controverso, recebeu aprovação de R$ 4,9 bilhões para as eleições municipais de 2024. O montante, oriundo de reservas para emendas de bancadas estaduais, representa uma mudança significativa em relação à proposta inicial do governo.
Apesar da aprovação, houve vozes críticas, como a deputada Adriana Ventura (Novo-SP), que classificou o relatório como reflexo de uma "clara compra de apoio no Congresso". As discrepâncias na distribuição de recursos também foram alvo de contestação.
Por: Redação acsace.com.br Fonte: Agência Senado