Mulher Morre Após Contrair Raiva Humana ao ser Mordida por Sagui

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Mulher Morre Após Contrair Raiva Humana em Pernambuco

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Imagem: Reprodução Internet

Na manhã deste sábado (11), morreu a mulher de 56 anos que contraiu raiva humana após ser mordida por um sagui em Santa Maria do Cambucá, no Agreste de Pernambuco. Este caso foi o primeiro de raiva registrado no estado em oito anos. A paciente estava internada no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), no Recife, desde o dia 31 de dezembro de 2024. O Huoc é um centro de referência para o tratamento de doenças infecto-contagiosas e foi onde a paciente recebeu os cuidados necessários.

O Caso e Falta de Tratamento Adequado

A mulher foi mordida pelo sagui na mão esquerda em 28 de novembro de 2024. Após o incidente, ela procurou atendimento médico e foi orientada a retornar para tomar soro e realizar quatro injeções de profilaxia contra a raiva. No entanto, ela não seguiu com o tratamento recomendado.

Os sintomas da raiva humana inicialmente apareceram de forma leve, mas o quadro da paciente piorou quase 30 dias depois. Quando ela retornou à unidade de saúde, já com sintomas mais graves, foi transferida para o Huoc, onde foi diagnosticada com raiva humana. Os médicos informaram que a gravidade da doença foi causada pela falta de profilaxia no tempo adequado.

O Que é a Raiva Humana?

A raiva humana é uma doença viral rara, causada pelo Lyssavirus, que é transmitido principalmente por mordidas ou arranhões de animais infectados. Os sintomas podem aparecer entre dois a dez dias após o período de incubação e incluem febre, dor de cabeça, náuseas, e podem evoluir para sintomas neurológicos graves, como paralisia e convulsões.

A doença é geralmente transmitida por animais como morcegos hematófagos, cães, gatos, primatas não humanos e até mesmo saguis, como foi o caso desta mulher. A raiva é uma doença com uma taxa de letalidade de 100% uma vez que os sintomas graves se manifestam, o que torna essencial o tratamento imediato após a exposição ao vírus.

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Reprodução: SVSA

Profilaxia e Tratamento da Raiva Humana

Após uma agressão por animais silvestres, a recomendação é procurar imediatamente assistência médica. O tratamento de profilaxia envolve a aplicação de soro antirrábico e a administração de quatro doses de vacina contra a raiva. A rapidez no início do tratamento é fundamental para evitar o agravamento da doença.

A raiva humana pode ser evitada com a aplicação adequada da profilaxia pós-exposição (PPE), mas, como demonstrado neste caso, a falta de seguimento do tratamento pode resultar em complicações fatais.

Histórico de Sobrevivência à Raiva Humana

Apesar de a raiva humana ser uma doença fatal na grande maioria dos casos, em 2009, um adolescente pernambucano de 16 anos chamado Marciano Menezes da Silva foi o primeiro brasileiro a sobreviver à raiva humana. Ele foi mordido por um morcego e recebeu tratamento imediato no Huoc, onde sobreviveu à doença.

Nota de Pesar do Hospital Oswaldo Cruz

O Hospital Oswaldo Cruz lamentou a morte da paciente e emitiu uma nota de pesar:

"Expressamos as mais sinceras condolências e desejamos, ainda, conforto, paz, e muita força para a família."

A Importância da Prevenção da Raiva

A raiva é uma doença que pode ser evitada com cuidados simples, como a vacinação de animais domésticos e a profilaxia imediata após o contato com animais suspeitos de estarem infectados. Segundo o Ministério da Saúde, entre 2010 e 2024, foram registrados 48 casos de raiva humana no Brasil, sendo a maioria dos casos causados por morcegos e primatas não humanos.

A morte da mulher em Pernambuco serve como um alerta para a importância da vacinação e do tratamento imediato após qualquer tipo de agressão de animais potencialmente infectados pela doença.


Por: Redação www.acsace.com.br Fonte: g1