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Tecnologia Nacional para Tratamento de Câncer de Pele é Aprovada no SUS
Inovação no Tratamento do Carcinoma Basocelular
O tratamento para câncer de pele desenvolvido por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) acaba de ser aprovado para uso no Sistema Único de Saúde (SUS). A tecnologia nacional, focada no tratamento do carcinoma basocelular em fase inicial, oferece uma opção menos invasiva, com um tempo de recuperação mais rápido e menos desconforto para os pacientes.
O novo tratamento promete revolucionar a dermatologia no Brasil, especialmente para aqueles com o tipo de câncer de pele mais comum, as lesões não melanoma, responsáveis pela maioria dos casos de câncer de pele no país.
Como Funciona a Terapia Fotodinâmica?
O tratamento aprovado utiliza a terapia fotodinâmica, um método desenvolvido há 20 anos pela USP, que usa a combinação de uma pomada com luz especial para destruir as células cancerígenas. Esse procedimento pode ser realizado em apenas duas sessões de 20 minutos, sendo eficaz para lesões de até 1 cm. Mais de 90% dos pacientes que se submetem ao tratamento conseguem a cura em poucas sessões, o que o torna uma opção atraente para a saúde pública.
Além de ser mais rápido e eficaz, a terapia fotodinâmica evita a necessidade de cirurgias invasivas, permitindo que os pacientes se recuperem rapidamente. "Só deu uma queimadinha e pronto", conta Helena Pontieri Morales, uma paciente que passou pelo tratamento e está curada.
Disponibilidade e Acesso no SUS
Com a aprovação no SUS, a tecnologia agora estará disponível para uma maior quantidade de pacientes. O tratamento já é oferecido em cerca de 70 centros de saúde no Brasil, incluindo o Hospital Amaral Carvalho, em Jaú, onde pacientes podem receber o tratamento de forma gratuita.
O custo de cada sessão no sistema privado gira em torno de R$ 200 a R$ 300, mas, com a inclusão no SUS, o acesso será facilitado para milhares de brasileiros.
Um Marco para a Inovação no Brasil
O desenvolvimento da terapia fotodinâmica no Brasil foi possível graças ao investimento de mais de R$ 10 milhões, com apoio de entidades como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Ministério da Saúde e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Segundo Celso Pansera, presidente da Finep, "esse é um exemplo de como a ciência básica se transforma em uma inovação que resolve um problema real do SUS, contribuindo para o bem-estar da população".
O Futuro do Tratamento no SUS
Ainda não há uma data definida para quando a tecnologia fotodinâmica estará amplamente disponível em todo o SUS, mas a expectativa é de que a acessibilidade ao tratamento seja expandida de forma significativa, dada a sua eficácia e custo-benefício.
Segundo o pesquisador Vanderlei Salvador Bagnato, da USP, a técnica é relativamente barata, não exige grande infraestrutura e é adequada para o SUS, que enfrenta o desafio de oferecer tratamentos de qualidade a um grande número de pacientes. A expectativa é de que a inovação beneficie milhares de brasileiros que dependem do Sistema Único de Saúde para tratamento de câncer de pele.
Por: Redação www.acsace.com.br Fonte: Agência Brasil