Estudo da The Lancet: Taxas de Fertilidade no Mundo Até 2100
Análise das Taxas de Fertilidade
Um estudo recente publicado na renomada revista britânica The Lancet trouxe uma análise abrangente das taxas de fertilidade em todo o mundo. Segundo as projeções apresentadas, até o ano de 2100, apenas 6 dos 204 países analisados terão níveis sustentáveis de nascimentos para garantir a reposição adequada da população.
O Trabalho de Pesquisa
O estudo, que considerou dados desde 1950 até 2021 e projetou para os anos de 2050 e 2100, foi conduzido pelo grupo de estudo internacional Global Burden of Diseases (Carga Global das Doenças). Entre os pesquisadores que colaboraram com o trabalho está Rafael Moreira, do departamento de Saúde Coletiva da Fiocruz Pernambuco.
Tendências Globais
A taxa de fertilidade considerada ideal para manter a estabilidade populacional é de 2,1 filhos por mulher ao longo da vida. Desde 1950, essa taxa tem diminuído significativamente. Globalmente, passou de 4,84 em 1950 para 2,23 em 2021. As projeções futuras indicam uma queda para 1,83 em 2050 e 1,59 em 2100.
Reflexões dos Pesquisadores
Os pesquisadores enfatizam a importância das estimativas e projeções de fertilidade para orientar políticas públicas em diversas áreas, incluindo saúde, trabalho, educação, igualdade de gênero e planejamento familiar. Essas informações são fundamentais para o planejamento futuro das sociedades.
Panorama Brasileiro
No Brasil, as taxas de fertilidade também apresentam uma tendência de queda ao longo das décadas. Em 1950, a média era de 5,93 filhos por mulher, caindo para 1,93 em 2021. As projeções para o futuro sugerem uma diminuição ainda maior, com estimativas de 1,57 em 2050 e 1,31 em 2100.
Implicações Sociais e Econômicas
O artigo ressalta que, mesmo com políticas pró-natalidade bem-sucedidas, as taxas de fertilidade continuarão diminuindo globalmente. Isso trará mudanças significativas em termos econômicos e sociais, incluindo o envelhecimento da população e a redução da força de trabalho que, por consequência, impactará diretamente nas políticas de previdência social. Essas mudanças exigirão adaptações e planejamento cuidadoso por parte dos governos e da sociedade em geral.
Por: Redação acsace.com.br
Fonte : Agência Fiocruz