Combate à Dengue: Desafios e Estratégias em Campinas
Resistência nas Inspeções
No primeiro esforço de combate à dengue deste ano, realizado nos bairros da região Sudoeste, os agentes de saúde enfrentaram desafios significativos. Infelizmente, a metade das residências não foi vistoriada com sucesso. Uma das moradoras, Amanda Lopes, juntamente com seu marido, recusou a inspeção no quintal de sua casa, alegando a ausência de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue. Embora apoie o mutirão de combate à doença, Amanda destaca a falta de plantas e caixa d'água em sua residência, recebendo abastecimento diretamente da rua.
Desafios na Aceitação: Índices de Rejeição em Alta
Segundo Daiane Moreto, coordenadora de Vigilância Sanitária, o índice de rejeição em toda a cidade no ano passado alcançou 50,3%, em comparação com 46,9% no ano anterior. Isso implica que um em cada dois imóveis não pôde ser inspecionado devido à recusa de entrada, imóveis fechados ou falta de um responsável autorizado.
No último mutirão, os quatro bairros visitados, incluindo Jardim Santo Antônio e os DICs II, IV e V, apresentaram um índice de rejeição em torno de 50%. A Secretaria de Saúde anunciou a continuidade das ações nos mesmos locais e no Jardim Eulina.
Mobilização e Desafios Enfrentados
A ação mobilizou mais de 100 funcionários da Secretaria de Saúde, incluindo agentes de uma empresa contratada para eliminar criadouros, juntamente com equipes da Secretaria de Serviços Públicos. O prefeito Dário Saadi ressaltou a importância da colaboração da população na verificação de água parada nos quintais, destacando que 80% dos casos de proliferação ocorrem nas residências.
Estratégias Futuras: A Importância da Participação da Comunidade
A ação será realizada a cada 15 dias em bairros selecionados de acordo com a situação epidemiológica. Nove bairros estão em alerta para a dengue, incluindo Botafogo, Jardim Santa Mônica e Parque Floresta. É fundamental que a população compreenda o propósito dessas ações de controle de criadouros para prevenir a dengue, zika e chikungunya.
Números e Experiências Pessoais
Em 2023, Campinas registrou 11.011 casos de dengue, resultando em três mortes. Maria Nazaré, cujo marido foi contaminado em 2019, destaca a importância dos agentes de saúde para uma visão técnica da situação. Maria Giseuda, outra moradora, enfatiza a aprendizagem contínua durante as inspeções, destacando a necessidade de trocar a água regularmente.
Por: Redação acsace.com.br
Fonte: Correio Popular